domingo, 11 de fevereiro de 2007

Prólogo (ainda sussurros, contudo já ruidosos)


Venho aqui a este local deixar marcas do meu vir-a-ser, das minhas ideias, dos meus ideais, leituras de um mundo em crise, um mundo sem identidade, um mundo em seu explendor, um mundo em epopeias - PRESTO!!

Começo minha longa jornada com alguns relatos de um cotidiano - para alguns normal - porém com suas fantasias, com toda sua magia, tão cheio de aparências. Tento, no entanto, tirar a essência das coisas, busco aquilo que está por trás das imagens. É uma aventura metafísica, eu sei, posso ser criticado por alguns materialistas os quais pensam que a realidade está ai nua e crua como se percebe com os sentidos.

Calma, caros camaradas, não sou um pessimista, nem quero fugir do real, luto também por uma "filosofia da praxis", vivo-o a cada dia, em uma intensa dialética . Sim, eu acredito na construção de uma sociedade melhor, mais justa, sem a ditadura do capital e das mercadorias, superando suas contradições; luto, pois, por isso - tornar derradeira essa sociedade de espetáculos, acabar com a hegemonia do "eu" e transformá-lo em ''nós''. A revolução, porém, inicia-se dentro de cada de nós, não é algo exterior, afastado e alheio, ela não necessita de líderes ou herois - isso é para os bobos que prescisam de mitos pra se inspirar - prescisa de vontade para mudar, de varias vozes reunidas em um mesmo canto comum, mesmo que em notas diferentes - e não reformar - já que nada é eterno, imutavel, a mudança sempre vem, pois a vida é uma roda-viva e leva a saudade pra lá ... e o mundo rouda em um instante, nas voltas de um pião .

Desse modo termino aqui essa breve introdução, espero que, aos poucos, outros sabiás - que apenas ainda assoviam, mas que sabem também entoar belos cantos - se reunam a este ainda sozinho, recém desgarrado, já que, um dia, os galhos da árvore iram se romper e uma imensa revoada tomará os ceus desse mundo a ponto de bloquear o sol, escurecendo o dia (pelo menos o que se acha que é dia) e aí, caro camarada, ecoará pelos ceus um canto-conjunto, que pela pluralidade se tornará uno, este terá a harmonia de uma bela sinfônia feita a dedo e suor, com o trabalho de cada dia.

2 comentários:

Leonardo Trevas disse...

Estarei acompanhando! Estou querendo saber no que vão resultar as revoadas do sabiá.

andré barreto disse...

No que vai resultar, meu caro, não depende unicamente de mim e nem de mim, depende de você, de nós, de todos nós...
Em que vai resultar, sinceramente, não sei, a historia com eu disse é uma roda-viva, numa de suas viradas quem sabe...