domingo, 10 de junho de 2007

Palavras, não mais que palavras

O vazio que até então eu sentia
parece agora se acabar,
as palavras voltam ao seu espaço
de onde nunca deviam ter saido.
O glorioso espaço no qual palavras,
não mais que palavras, são a alma do homem.

Minha seca foi grande, mas era apenas passageira,
uma gestação do que estava por vir.
O sabiá, agora, mudou seu tom,
não mais entoa em um "dó" grave e triste,
canta em um "si" provocante e faceiro.
Renasce a antiga voz.

Durante esse periodo, porém,
eu não fiquei parado, a observar o mundo perplexo.
Passei pro paixões, por lutas e derrotas,
consegui conquistas e vitórias inéditas,
todas, com certeza, foram experiências únicas.
Com tudo isso, as palavras teriam que voltar.

O tom da voz mudou, mas só o tom.
O seu objetivo contiua o mesmo
(e nunca deixará de ser).
Pois, é buscando novas vias,
alternativas que existem,
que se luta por mudanças.

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